Month: March 2011
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Danação!…
Danação! Desespero! Gritos! Gritos não se ouvem, movem-se no ar num grande silêncio preto. Crivam os gritos corvos as tábuas de salvação e as tábulas rasas, bem como as covas arrazoadas dos envelopes de vida. Quem gritou não ouviu; quem desesperou, esperava. Um pedaço de nada é uma fé sem fiel, e contém um problema…
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Que sumam…
Que sumam as beldades venturosas Não quero as mães de meus filhos aeróbicos Nem o enfeite de um homem impávido Mas tu? tu partires? A alma gêmea do trapo esquálido A metade de uma jura de amor no sofrimento Sofro que sofro por aí; sofro que sofro sozinho. Ainda vago pelo nosso caminho e vejo…
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batizado
A cor do seu corpo oculta pela lama noturna Rasteja por entre as flores rasteiras que crescem e minguam na areia. Enegrecida, seus olhos acesos em rosa buscam vultos pra não encontrar. Suspira salitre das ondas, que a praia espalha pros lados. Tão longe esquecemos quem éramos e desnecessários que éramos. No escuro, a prata…