Month: March 2011
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Quandos
Nas horas erradas As mãos sumidas Meados da noite Confortos ausentes Ela não está quando chamo Não está, apenas quando chamo Não sei se devo pensar que é necessária a todo momento Se quando não está que é necessária Ignoro o que seja sua falta na hora que a tenho. Pronto pra morrer, Ignoro…
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Arrogância, nenhuma pompa
Arrogância, nenhuma pompa foi crucificado ou crucificou-se Seu martírio veio da pura imperfeição Genuína fraqueza, seus ferimentos, pois rastejava apenas Um incomensurável azar, seu carrasco Vivia crucificado Na horizontal, canetas fincadas nas mãos, uma viga de papel Letras, sílabas, palavras, versos, sobrepunham-se Formando a cruz E como não tivesse quem o erguesse a prumo Deitado…