Danação! Desespero! Gritos!
Gritos não se ouvem, movem-se no ar num grande silêncio preto.
Crivam os gritos corvos as tábuas de salvação e as tábulas rasas, bem
como as covas arrazoadas dos envelopes de vida.
Quem gritou não ouviu; quem desesperou, esperava.
Um pedaço de nada é uma fé sem fiel, e contém um problema seu que não
sabe ouvir.
Feliz o surdo, o que não está, o que se compara a nada, o que chega sem
saber que partiu.
Grita quem não consegue se matar com um silêncio na cabeça.