O tango argentino é uma das grandes contribuições da América Latina para a música mundial. É vivo, orgulho em seu país, protegido e cultivado pelas diferentes gerações. Desde Carlos Gardel (1887-1935), que “canta melhor a cada dia” segundo dito popular argentino.
Uma de suas características é a blindagem contra ataques de comercialismo. Compare-se com a depredação aos nossos samba, forró e sertanejo; o tango, inclusive, mantém o frescor devido aos debates acirrados entre conservadores e renovadores do estilo. Desde o gênio de Piazzolla, criticado e finalmente erguido ao panteão de seus maiores gênios, até o recente Gotan Project, grupo suíço-franco-argentino (!), que busca unir o universo eletrônico ao gênero e o consegue com louvor, levando mais uma geração a cultuar sua música nacional e reconquistar o mundo.
Além do reducionismo da música exótica e erótica lá do fim do mundo, o tango possui uma riqueza musical e mitológica valiosa, sempre evoluindo ao beber das fontes originais. Tudo isso na América Hispânica de um bizarríssimo, anacrônico mau-gosto na música pop.
Segue, do Gotan Project, a faixa “Diferente”, do CD “Lunático” (2006).
por helil
One response to “A juventude do tango”
Achei bem bacana esse som…