Vou fazer aqui uma reconstituição de cliques:
Começa com com a leitura do blog do Marcelo Coelho, “Um passeio de lancha“, vejam lá o caso que conecta, aparentemente de raspão, Jacques Wagner com o Zuleido Veras. Logo me recordei de um caso passado, em que uma primeira-ministra sueca teria perdido o cargo por usar o cartão de crédito do governo para comprar um Toblerone. Coisa de primeiro-de-primeiro-mundo, esses nórdicos são um exemplo de rigor e tal. Busca Google (guglei?), só pra encontrar informações mais precisas, o ano do ocorrido, o nome da figura.
Então encontro essa página, “Carnival of the Polly-kicking #4: an army of Fiskers“, que usa a história recontada do, agora falso, “escândalo do chocolate”, pra criticar a imprensa e, na grande cena, Tony Blair.
O caso do Toblerone teria sido um exemplo de sensacionalismo às avessas. Na verdade, Mona Sahlin – a política sueca em questão, tem um longo histórico de malversação do dinheiro público, juntando ao Toblerone viagens internacionais e o pagamento de várias contas pessoais com o Credicard do povo.
Parei por aqui a “checagem de fatos”, cansei. Passo a escrever tudo na base do “teria”, “seria”, “aparentemente”. De passagem, o caso todo teria ocorrido em 1995, Sahlin seria então vice-Primeira-Ministra, o Tobleronegate a teria levado à renúncia e, dois meses depois, ela teria assumido o cargo de Primeira-Ministra.
Termino aqui, como a imprensa em geral, com o pitoresco. Aparentemente, “aplicar um Sahlin” na Suécia é tradução do nosso “malufar”.