Menina na bomboniére

A menina vê cores, não sabe qual quer

Em frente às prateleiras, seus olhos penduram

Naqui e ali, a vidraria e os doces

Um homem espera e não pode

por uma menina cada decisão mais adulta

Ela vê formas, a ânsia excita

O homem busca constranger, e a menina só fita

São seus olhos os doces, coloridos e cheios de formas

E outros fregueses querem salgados

Mas ela aperta seu gosto e nada decide

E sabe, a grande impaciência

é ela quem passa

e balança o corpinho pra todo lado

Querendo um caminho. Um se retira

Eu quero aquele. Rápido.

E come pensando nos outros.