Após a viagem de trenzinho, com pouco menos de duas horas pra um passeio, somos abordados por vários guias que oferecem o curto-circuito do centro histórico de São João Del Rei em van. Muito embora seja rápido e algumas atrações sejam vistas através do vidro da perua, é o necessário pra cobrir o básico.
Entre nós e o pára-brisa (até a reforma ortográfica), estava o então fechado Cemitério da Ordem de Nossa Senhora do Carmo, ao lado da Igreja de mesma Santa. Fechava-o uma obra de arte de 1836: o portão executado por Jesuíno José Ferreira, ferreiro mestre.
Realizado em ferro batido, sem qualquer parafuso, constitui um trabalho de maestria impressionante. Todo o cemitério destaca-se pelas obras de arte, além de ser um dos raros cemitérios cobertos do Brasil. Tudo isso gerava comentários do tipo “a irmandade do Carmo cuida melhor de seus mortos do que de seus vivos”.