Acho bacana o caráter gregário do ser humano, embora tenha perdido esse gene na trilha tortuosa da minha concepção. E me ocorreu de ver isso na blogosfera. O processo pode ser reduzido assim: a princípio, você é um merda, como sói; depois passa um bonde meio vazio, meio cheio – você embarca e vão embarcando outros, no que começa um processo de auto-indulgências, de criação de bandeiras, de jargões, de uma lista de afazeres, opiniões, rapapés e maneirismos, cuja existência é nada menos do que essencial. O Homem caga regra com uma facilidade incrível, vai inventando o primordial depois das minúcias e assim a vida fica tão ocupada, plena e necessária. Já falei de auto-indulgências?
Na verdade, estou tão longe do meu assunto imaginado. É bem chato ficar lendo blogs em que o post tão atual e forçoso na presente conjuntura é só fachada pra construção de SEO, link density, ui-ui-ui, negrito em palavra pelada e grátis, fulano falou e o beltrano repercutiu, quão mais crista-de-onda ser podemos?
Já falei de auto-indulgências?
-o0o-
Lindo é hipérbato.